Capítulo 3

 

Capítulo 3 – Férias no Submundo

 

Leander olhou em volta, procurando alguma coisa.

Assim que ela voltou, viu a reação dele e perguntou:

– Algo errado?

– Parou de chover.

– E?

– Você não tem nenhuma fonte ou qualquer coisa assim?

Ela ficou parada, olhando para ele sem entender.

– É que preciso de água para a transportação.

– Abra a torneira… – ela disse, olhando na direção da cozinha.

– Não, não, precisamos de algo maior.

– Aquela tarde no café você fez chover, não foi?

– Sim, mas não posso abusar do uso de magia; toda magia é reportada ao meu mundo e não quero despertar o interesse de Jahean para onde estou agora.

– Tem uma fonte no jardim do prédio.

Os dois desceram e, assim que chegaram ao jardim, que àquela hora estava deserto, ela não acreditou no que teria que fazer. Leander havia colocado os dois pés dentro da fonte e agora estava todo encharcado.

– Você não espera que eu entre aí, não é?

– Prometo que não vai se molhar.

– Você está todo molhado!

– Venha, por favor, lhe dou minha palavra.

Sâmia segurou sua mão e entrou. Ia começar a gritar, dizendo que estava se molhando, quando se sentiu seca. Seus olhos não se adaptaram totalmente à escuridão, mas logo podia ver sombras projetadas na parede pelas velas nos candelabros.

Leander deu alguns passos a frente e abriu uma porta, pedindo para que entrasse.

Ela observou encantada. Primeiro uma antessala com poltronas estofadas, uma mesa central com frutas, algumas decorações. Mais para trás, outro cômodo dividido por um arco esculpido em gesso, a cortina rendada e depois estava a cama, como a de uma princesa. Estava em um filme de época? Um sonho? O quarto era exatamente como nos filmes medievais, a pintura da parede parecia gravar em sua alma a imagem dos anjos, estava em um castelo!

Logo sua alegria deu lugar ao desespero. Estava no castelo de um demônio que ia querer matá-la pela manhã.

– Assim que amanhecer, vou comunicar ao rei que está aqui. Não se preocupe, está tudo sob controle, tudo que precisa está neste quarto: toalhas e roupas de cama no armário, banheiro logo ali – disse, apontando para uma porta.

– Precisa de mais alguma coisa?

– Acho que não – ela respondeu, quando, na verdade, o que queria pedir era para ir embora. Mas havia dado a sua palavra e não poderia voltar atás.

– Vou deixá-la descansar, então. Mas preciso que aprenda algo e bem rápido, em caso de algum imprevisto.

– Quero que pense em mim com toda força, pense em meu nome.

– Não entendo.

– Faça de conta que não estou aqui e sinta o desespero, a urgência de falar comigo.

– Assim? – disse, fechando os olhos e pensando nele.

– Precisa se esforçar mais. Caso precise de mim e eu não esteja aqui, se pensar em mim e usar toda sua mente para isso, eu estarei aqui.

– Vou treinar.

Sâmia rezou para que nunca precisasse chamar por ele, mas precisava aprender, caso encontrasse Jahean sozinha e ele tentasse matá-la de novo.

– Se fizer isso agora não vai me deixar dormir – disse Leander, sorrindo.

– Não se preocupe, vai passar bem a noite, e pela manhã venho bem cedo para lhe dizer o que vamos fazer.

– Está certo.

– Obrigado, Sâmia – disse, apertando sua mão e fechando a porta atrás de si.

Ela deu mais uma olhada pelo quarto, mas estava exausta e decidiu que o melhor era dormir. Tirou da mala uma camisola branca super transparente e, se olhando no espelho, se perguntou por que havia trazido aquilo, ou melhor, por que só havia trazido aquilo? Deveria ter sido a tensão de tudo que aconteceu. Bem, ela não podia voltar para casa para buscar outra camisola, então fechou a porta à chave e se deitou.

No andar de baixo, Jahean remexia em alguns papéis em cima de sua mesa. Passou a mão pelos olhos cansados e olhou o relógio; faltava pouco para as duas. Decidiu que revisaria a lista de convidados apenas mais uma vez.

Voltou a pegar a pena e a fazer anotações quando bateram na porta.

– Entre – o rei respondeu ainda de costas.

– Por que ainda está acordada, Alethea? – ele disse sem se virar.

– Trouxe um chá, majestade, para que possa dormir melhor.

Jahean se virou ao ouvir a voz.

– Obrigado, Aédi, pensei que fosse Alethea.

– Ela deve estar dormindo, majestade. Notei que passou o dia agitado e mal tocou em seu jantar.

Jahean não respondeu, não gostou de ser interrompido pela criada que estava sempre atrás de lhe agradar, chegava a ser um incomodo.

Ela colocou a bandeja sobre a segunda mesa e ele notou que havia dois cálices.

– Quantas bocas acha que tenho, Aédi?

– Ah, meu senhor, este aqui é para a senhora, notei que chegou muito tarde e pensei que gostaria de um chá.

– Rafaela está aqui?

Aédi fez esforço para parecer inocente, mas saboreava cada palavra que dizia.

– Creio que não, meu senhor, essa senhora chegou ainda há pouco com Leander. Imagino que vêm de longe para chegar a essa hora.

– Leander trouxe uma dama para meu castelo?

A criada não respondeu, mas seu coração disparava em felicidade. Não suportava Leander e, se ele havia trazido uma mulher para o castelo sem que o rei soubesse, com certeza ele estaria em apuros.

– Me desculpe, majestade, pensei que fosse sua convidada.

– E onde estão?

O rei já havia se levantado e ia em direção à porta.

– Leander desceu para seu quarto e a jovem está no andar de cima.

– Meu rei, me perdoe por não avisá-lo, mas para estar aqui na Ala Sul imaginei que fosse alguma convidada especial.

Jahean ignorou o comentário dela. Se ela não fosse tão competente em seu trabalho, com certeza já a teria dispensado. Ele conhecia bem seus criados e não suportava a maneira como ela agia, sempre procurando parecer bem a seus olhos quando, na verdade, queria apenas provar que era a melhor e receber um tratamento especial.

Leander, por sua vez, deveria ter enlouquecido para trazer mulheres para seu castelo, e ainda na Ala Sul. O rei tinha que ver isso de perto. Ao notar os passos da criada logo atrás dele, ele parou e a olhou nos olhos:

– Vá dormir.

– Mas, meu senhor…

– Eu disse “vá dormir”.

– Boa noite, majestade.

Ele pôde ver a decepção nos olhos dela, mas isso não importava agora, tudo que queria era saber que loucuras povoavam a mente de Leander.

Assim que chegou ao andar dito, ele começou a abrir as portas de todos os quartos para verificar e, à medida que encontrava vazio, batia a porta com força.

Sâmia, que estava quase pegando no sono, ouviu os ruídos aumentando, ficando cada vez mais próximos e se levantou imediatamente. Seu coração dava sinal de que algo errado estava acontecendo. Os ruídos foram ficando cada vez mais próximos, seus batimentos cardíacos eram tão intensos que ela podia sentir pulsando na garganta, e sentiu que iria desmaiar, quando a maçaneta de sua porta girou em vão.

Com certo alívio, lembrou que estava trancada, mas seu alívio durou apenas um segundo. Com certeza mandariam abrir a porta, e onde estaria Leander? Pensou nele o mais que pode, mas seu pensamento foi interrompido quando viu a silhueta familiar atravessando a porta ainda fechada. Ela não teve mais duvidas: era Jahean.

Tentou se manter firme no chão e não desmaiar, quando a mão puxou violentamente a cortina que dividia os cômodos.

Os olhos dele pararam nela, e seu semblante de raiva passou a surpresa. Ele permanecia parado ali sem dizer nada, apenas olhando para ela.

– Sâmia?

Ela não teve coragem de responder. Ele se aproximou com alguns passos e voltou a falar:

– Como chegou aqui?

– Por uma fonte…

Foi tudo que ela conseguiu dizer. Ela fora sincera, mas, pelos olhos dele, ele não tinha entendido tão bem assim.

– O que está fazendo em meu mundo? Em meu castelo?

Ele cruzou os braços e deu um passo para trás em um sorriso sarcástico.

– Me deixe adivinhar: meu homem de confiança acaba de me mostrar que não deve ser tão confiável assim…

– Leander! – a voz dele agora era tão alta que a faz tremer.

Eles ficaram se olhando. Ela sem conseguir se mexer e ele aguardando a chegada do seu ministro.

Em um segundo, bateram a porta. Sâmia observou a chave girando sozinha e teve certeza que era Jahean a abrindo com o pensamento, mesmo sem desviar os olhos dela. Leander entrou.

– Majestade, eu posso explicar… Eu pedi a…

– Leve ela de volta.

– Majestade, eu…

– Agora.

Jahean se virou para sair e Leander o deteve.

– Majestade, eu não posso levá-la, ela quer ficar e está aqui por vontade própria.

Ele se virou vagarosamente e a encarou.

– Você quer ficar? – ele perguntou, erguendo as sobrancelhas.

Leander deu um olhar significativo para que ela dissesse que sim e ela respirou fundo e disse:

– Quero – sua voz saiu tão baixa que parecia mais um sussurro.

– É mesmo? E o que a faz pensar que permitirei que alguém como você faça parte do meu mundo.

– Alguém como eu? O que está querendo dizer?

O rei voltou a olhar para Leander e disse:

– Livre-se dela agora.

– Escuta aqui, seu desgraçado, você acha que sou algum objeto descartável para que ele se livre de mim?

Leander estava chocado e, ao mesmo tempo, se deliciava com a situação. Ela era muito corajosa para falar assim com o rei, e ele, por sua vez, parecia disposto a continuar discutindo com ela, coisas que só acontecem quando a pessoa tem algum significado, pois ninguém perde tempo com alguém insignificante, nem mesmo no Submundo.

– Vejo que continua sem modos.

– Não para alguém como você!

Ele sorriu e agora a olhava com malícia. E ela se deu conta que estava com aquela camisola transparente!

– Outras partes, no entanto, tiveram significativa mudança – comentou para logo se dirigir à saída.

Os olhos dela se estreitaram em fúria e Leander soube que aquele era o momento de interromper.

Passou por ela e disse ao seu ouvido:

– Volte a deitar; depois eu volto aqui.

E seguiu o rei que já havia deixado o quarto.

Seguindo rapidamente pelas escadas, Jahean ia em direção ao seu quarto e Leander, logo atrás, pedindo que esperasse.

– Jahean, escute, por favor, eu peço.

Assim que chegou ao quarto, ele bateu a porta antes que Leander entrasse, mas o ministro tornou a abri-la.

– Por favor, Jahean, me escute, ao menos me escute.

O rei passou a mão pelo rosto, deu um longo suspiro e se sentou.

– Seja breve.

Ele, então, se colocou a sua frente e disse:

– Ela está aqui para me ajudar.

– Para te ajudar?

– Sim, majestade, eu a trouxe para que me ajudasse a entender as mulheres da Superfície.

Os olhos de Jahean dançavam entre o interlocutor a e sua lista de noivado.

– Que andou bebendo, Leander? Ou devo assumir que perdeu a razão?

– Majestade, foi sugestão sua: me pediu que me inteirasse dos comportamentos femininos da Superfície.

– Sugestão minha? E quando me ouviu dizer “Sâmia Rolfe”?

– Jahean, entenda, ela já esteve aqui, é confortável com a magia, onde encontraria outra jovem disposta a me ajudar sem ter um ataque de nervos?

Os dedos do rei batiam repetidamente na mesa. Leander não poderia deixar que ele pensasse, precisava convencê-lo a qualquer custo.

– Meu senhor, faço isso por Elizabeth, como vou convencê-la a vir aqui se não entender como os mortais agem e pensam?

O rei agora passava a mão pelo queixo, e Leander torcia as mãos, nervoso.

– Logo ela, Leander? Em toda Superfície não tinha outra mulher disponível?

Ele não respondeu. Tinha que escolher bem as palavras, qualquer deslize agora seria fatal.

– Eu prometo, majestade, que ela não vai lhe incomodar. Posso até dizer a ela que não lhe dirija a palavra, ela está aqui unicamente para me auxiliar enquanto me preparo para cumprir suas ordens.

– Tenho que dizer que estou muito decepcionado com você.

Leander sentiu um aperto no peito e se sentou ao lado dele.

– Por favor, majestade, eu não faria nada que lhe trouxesse aborrecimento, vou colocá-la na Ala Norte, se permitir. Não vai nem notar que ela está aqui, é unicamente por Elizabeth, eu lhe garanto.

– Se ela me trouxer algum tipo de aborrecimento…

– Não vai, Jahean.

– Se ela ficar bisbilhotando o que não deve…

– Vou providenciar tudo, majestade.

– Se ela me criar qualquer tipo de contratempo…

– Eu prometo, senhor, que não vai.

– Que seja.

Leander teve o impulso de se ajoelhar e lhe beijar a mão, mas se conteve. Se fizesse isso, poderia despertar suspeitas no rei. Ele era muito inteligente e saberia que o motivo de ela estar ali era maior que contar detalhes do mundo mortal.

– Eu agradeço, meu senhor.

Leander virou-se para sair, mas o rei o chamou.

– Não tão rápido, quero que me diga o que fez para convencê-la a vir.

– Ela veio de boa vontade, senhor.

– Não teste minha inteligência, Leander, aqui é o último lugar onde ela gostaria de estar.

– Talvez não a conheça tão bem, senhor.

Leander já havia se arrependido do que disse ao ver os olhos de Jahean se estreitarem.

– E você a conhece melhor que eu?

Os olhos do rei agora eram de desconfiança e sarcasmo.

– Não, majestade, não foi o que quis dizer.

– Teve contato com ela durante esses seis anos?

– Não! Eu lhe dou minha palavra, senhor, só falei com ela hoje.

– Leander, se eu tiver algum motivo para pensar que está mentindo para mim, eu…

– Ela tinha pesadelos, eu prometi acabar com eles se me ajudasse.

– Pesadelos?

– A vida dela ficou bem diferente do que era antes de vir aqui.

– É mesmo? – Jahean voltou os olhos para os papéis enquanto ouvia.

– Ela achava que tinha imaginado tudo, tomava remédios, coisas da Superfície…

– E você só falou com ela hoje e ela já lhe faz confissões?

– Jahean, nunca lhe dei motivos para duvidar de mim.

– Me deu esta noite.

– Eu nunca tive contato com ela, apenas hoje, mas a tenho observado há alguns meses. Sabia que ela passava por pesadelos e fiz a proposta. Como disse, ela não vai incomodar, eu…

– Já chega! Deixe-me dormir. Não quero mais uma só palavra sobre essa sua ideia absurda. Ela está sob sua responsabilidade e tudo que ela fizer ou disser você responderá por isso.

– Sim, majestade. Boa noite.

Leander correu para o quarto de Sâmia que, já trocada com a mala na mão, estava pronta para ir embora.

– Não, Sâmia, onde pensa que vai?

– Eu não vou ficar aqui com alguém que me odeia! Você ouviu, ele não me quer aqui.

– Sâmia, temos um trato! Não pode voltar atrás com sua palavra. Depois de hoje, se for embora assim, seus pesadelos ficarão ainda piores.

– E como pensa em me manter aqui? Escondida no guarda-roupa?

– Não! Ele concordou que ficasse.

– Concordou? O que disse a ele? – ela perguntou com mais medo que surpresa.

– Disse a verdade: que veio aqui para me ajudar.

– E ele se convenceu tão rápido assim?

– Sâmia, por favor, eu me entendo com ele. Peço que faça apenas a sua parte.

Ela voltou a se sentar, desanimada.

– Começamos mal…

– Mas amanhã será melhor, eu lhe prometo.

– Durma, amanhã conversaremos mais.

Sâmia dormiu bem mais do que havia imaginado. Passava das dez quando ela acordou. Esqueceu onde estava e, aos poucos, tudo foi voltando a sua mente. Então Jahean realmente existia? Ah, se o Dr. Donhill a visse agora, continuaria lhe dando calmantes?

Abriu a janela e deixou o vento morno tocar seu rosto. Uma bela manhã de verão. Sua visão era de um vasto campo florido e da floresta. Seus olhos não conseguiam chegar muito longe, uma espécie de névoa guardava o reino. Disso ela se lembrava muito bem; seja lá o que fosse aquilo, continuava guardando o lugar.

– Sunset – disse em voz alta. Só agora descobrira o nome daquele lugar. Podia jurar que era o Mundo dos Jogos e, por falar em jogos, onde estaria aquele imenso tabuleiro?

Leander provavelmente a colocara em uma parte do castelo que não dava visão, poupando-lhe daquela amarga lembrança. Ele era gentil e bem diferente de Jahean.

– Bom dia.

– Leander! Bom dia – ela disse, virando-se para ele.

– Pensei que a encontraria com raiva pela minha demora, mas vejo que acaba de acordar.

– Me desculpe, mas, depois de ontem, minha mente simplesmente desligou.

– Não se preocupe, fez bem em descansar. Vou cumprir algumas obrigações e passo aqui em meia hora para levá-la para almoçar e conhecer o castelo. Aqui o dia começou há muito tempo.

Assim que ele saiu, Sâmia se olhou no espelho; ainda estava com aquela camisola! Agora seu ressentimento havia aumentado. Leander a vira daquela forma e, em nenhum momento, havia faltado com respeito ou percebera algum olhar malicioso. Agora Jahean, em apenas um segundo, conseguia ser tão, tão inoportuno!

Ele fazia isso apenas para provocá-la, já havia feito seis anos antes. Era a maneira de ele aumentar ainda mais seu medo e, se ele havia concordado em deixá-la ali, não era à toa, com certeza iria tornar a vida dela um inferno.

Ela abriu o guarda-roupa e, para sua surpresa, estava cheio dos mais variados tipos de vestidos e sapatos. Ficou em dúvida se deveria usar aquilo ou alguma coisa que havia trazido. Resolveu que pensaria nisso depois, e foi tomar um banho para acalmar os nervos.

Leander bateu e, após a permissão do rei, entrou.

– Por onde andou a manhã inteira?

– Fui à Terra Baixa, majestade, como me pediu ontem à tarde.

– Ah, sim, é verdade. E Agnes como está?

– Muito bem, senhor, mandou lhe dizer que virá visitá-lo em breve, assim que passar a época da colheita.

– Ordens para essa tarde?

– Preciso que Elias assine aquele contrato de comércio. Ele já fez isso?

– O rei Elias está em Dubin, majestade, mandou um mensageiro essa manhã e disse que, assim que voltar, passará aqui para falar sobre o acordo.

– Chegou uma carta de Nevin hoje de manhã. Ele diz que estará muito ocupado para aparecer na festa de noivado – disse o rei sorrindo.

– Já era esperado, meu senhor – respondeu Leander, apanhando sua prancheta.

– Algo mais, majestade?

– É tudo. Continue com os preparativos e fique atento com a Ala Norte , Alethea me disse que esta manhã já chegaram alguns convidados. Acredito que nos próximos três dias o movimento será intenso.

– Isso é tudo.